sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ferimento Cruel [Capítulo #3] - Na dúvida, nada faça...

A conhecida imagem...

[capítulo anterior: aqui]

A Sandra não se recordava da última vez que havia visto tanto dinheiro na sua frente, se é que em alguma oportunidade a cifra de três mil Reais lhe soasse familiar. Na verdade nem precisava, pois o suor em seu semblante já dava total ideia de como a moça estava se sentindo naquele momento.

Chega à ser muito curioso isto. Ele executou muitas ações antes de se recordar, mesmo que sem querer, que havia uma certa quantia em dinheiro dentro daquela bolsa. O problema é que tal valor não lhe pertencia. Neste momento ela se recordou fácil de como foi criada quando bem criança. Épocas saudosas, mas que dividiam opiniões em sua mente até hoje.

De um lado, a Sandra se recordava das palavras de sua sabia mãe. Na visão daquela senhora, jamais uma pessoa podia se apoderar de algo que não lhe pertencia. Dentro das possibilidades deveria procurar pelo dono do item ou do bem perdido, se possível fosse. Caso contrário, os conhecidos "achados e perdidos" estavam ali para isto.

Para contrabalancear isto haviam as palavras do pai da moça. Este homem, por sinal, vivia sob uma sistemática de raciocínio muito diferente de sua esposa. E a Sandra recordava-se bem disto pois, sempre que possível, seu pai lhe falava para não se preocupar muito com detalhes e que, se um dia achasse na rua dez Reais que fossem, aquilo era de quem encontrara por direito.

Agora o cenário sai do devaneio mental vivido pela protagonista e volta com força para o ambiente ao seu redor o que, em outras palavras, significa a realidade da moça. Não saber o que fazer era o mais trivial possível para a Sandra. Tudo que ela fazia era coçar a cabeça, ajeitar-se de alguma forma naquela cama e muito pensar sobre o que fazer com aquele dinheiro.

Três mil Reais era o equivalente a uma verdadeira fortuna para tal moça. Administrar isso parecia muito distante dela naquele instante. Ela sabia das dúvidas que tinha, tanto oriundas de sua criação como também do que lia nos jornais e via na televisão, quase que diariamente. Não é pelo valor, mas sim pela ação que ela pensa em fazer.

Os minutos passavam rapidamente. Mais um pouco de tempo e, muito em breve, tal período se transformaria em hora. O relógio era o inimigo mortal da Sandra. De burra ela nada tinha, mas a insegurança caminhava paralelamente com a moça desde sempre. E mais do que nunca ela precisava de um amparo seguro e real sobre como agir, o que fazer com aquele valor.

Ah, enfim a decisão chegou. O medo dominou a jovem por completo. Tanto isto é verdade que o veredicto final acabou sendo o mais inesperado possível. A Sandra colocou aquelas cédulas monetárias novamente dentro da bolsa. Depois deixou o objeto sobre a pia. E ela ficou deitada na cama, com muito receio de ser taxada de criminosa pela sociedade lá fora.

Resumir alguns fatos era bem pertinente para a ocasião. Aquele dia, que parecia ser tão comum quanto se podia esperar, transformou-se por completo no momento no qual a moça encontrara aquela bolsa no ponto de ônibus. Depois, perdera a condução para o trabalho, o que acabou levando-a a faltar em sua atividade empregatícia. Em casa o desespero só fez tomar conta dela.

A Sandra chegou a tremer na cama, tamanho era o seu desespero. Ela não conseguia se acalmar. E para piorar, a porta de seu apartamento ressoava um barulho de batidas, seguidas de uma voz masculina que chamava pelo seu nome.

Poderia ser...

~ continua na sexta-feira, 08/11/2013 ~

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2 comentários:

  1. A Sandra é uma pessoa muito honesta, mas nessa ocasião é melhor ela parar de tremer e tomar uma decisão sobre o dindin. Quero saber o q ela vai fazer com ele.

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    1. Saudações


      Acho que quando eu mostrar o que ela fará com o dinheiro tu ficará surpreso, nobre.^^


      Até mais!

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