Uma imagem...
A pessoa acordara muito cedo. Cinco horas da manhã e uma balhureira infernal se fazia presente na rua que ficava de frente para o modesto apartamento de Sandra. Uma mulher que tinha vindo do interior tentar a vida na pujante capital após o falecimento de seus pais. Ela havia passado por tantos infortúnios e obstáculos desde que havia chegado à Curitiba que, para ela, poucas coisas poderiam soar como novidade.
Seu percurso rotineiro seguia o traçado contrário da maioria das pessoas, pois ela morava na capital e ia trabalhar na região metropolitana. Como o local que ela laborava não tinha integração com o sistema de transporte local, então ela tinha de pegar dois ônibus para ir ao trabalho e outros dois para voltar. Levando em consideração que seu horário de trabalho era das oito da manhã às cinco da tarde (de segunda à sexta), a Sandra tinha de acordar assim cedo para poder se arrumar como deveria.
Ela era auxiliar de escritório em um escritório contábil de médio porte.
A Sandra sabe que havia contado com a sorte para ter arranjado emprego tão rapidamente, visto que ela tem sete meses de residência na capital e trabalha em tal escritório há quase meio ano. Ela não foi apadrinhada, mas contou com a ajuda de uma pessoa que conhecera na região para conseguir o serviço. Sem entrar nos méritos sobre de onde ela veio ou o que realmente queria, a Sandra estava se preparando para ingressar em mais uma jornada para o seu trabalho.
Tomar café rápido não era algo incomum para ela. Torrada para comer, seguindo o seu costume. Calça jeans, camisa social e o salto aberto que sempre a acompanhava. Brinco curto. Maquiagem ultra leve (ela não gostava de exagerar nisto). E lá seguia Sandra, às cinco e trinta e cinco da manhã, na direção do ponto de ônibus.
Parecia que tudo seguiria por uma normalidade calma e tranquila.
Pouco à pouco o céu clareava e a Sandra começava a bater o pé no chão, nervosa com a demora do coletivo (o primeiro ainda, visto que ela desceria em um terminal aberto do centro e embarcaria em outro ônibus). Mas algo chamou a sua atenção. Ela estava sozinha no ponto (como de costume) e jamais havia notado um certo item ao lado do ponto.
Uma bolsa preta, muito simples e de pequeno tamanho.
Como o ônibus ainda não havia aparecido, a Sandra resolveu chegar até tal bolsa e pegá-la. A curiosidade era muito grande. Ela abriu tal item, após sacudi-lo e ter escutado um leve barulho. Talvez ela não devesse ter aberto tal bolsa, pois pouco faltou para ela pular para trás...
A Sandra gritou de susto, deu um pulo para trás e, neste meio tempo, o ônibus acabara de passar sem ela levar...
~ continua na sexta-feira, 25/10/2013 ~
- NETOIN! Mais! -
Olha esse Carlírio entrando na onda dos contos semanais! Sou suspeita pra recomendar o formato ^^'''
ResponderExcluirGostei do título, e me pergunto como o cotidiano banal da Sandra será afetado pelos próximos eventos. O que terá dentro da bolsa? Uma caveira? Uma mão separada do corpo? Um jogo de Jojo? UM PLAYSTATION 4 NO VALOR DE 4 MIL REAIS?
Saudações
ExcluirNobre Ana, realmente tu é suspeita e...^^" #corre
Sim, a vida dela é bem banal... Apenas agora.
Garanto que serei odiado por algumas pessoas, visto o que ocorrerá nos próximos capítulos, mas faz parte...^^
E não...
Nada de PS4 por R$4 mil... Seria demais...XD
Até mais!
Li o conto e percebi que sua maneira de escrever é muito semelhante a forma como vc fala.
ResponderExcluirGostei desse estilo, porém senti que faltou um pouco de detalhes sobre a ambientação.
Os detalhes as vezes são importantes para passar o clima pretendido, pense nisso.
No mais eu curti o enredo.
Até breve.
Saudações
ExcluirMas eu citei ambientação, nobre: cidade, apartamento, tráfego, vida comum. Clima urbano, comum, para uma personagem tão básica quanto a jovem Sandra é (no caso).
Ah...
Sobre a maneira de escrever...
Eu gostaria de mudá-la, mas quem sabe isto ocorra com o tempo... ^^
Até mais!